Lições de Arquitetura que Aprendi em 15 Anos de Carreira

De padrões de projeto complexos à busca pela simplicidade. Uma reflexão sobre o que realmente importa na hora de desenhar um software sustentável.

5 de out. de 2025

Quando comecei minha jornada no desenvolvimento web em meados de 2010, eu achava que “ser sênior” era saber implementar os padrões mais complexos e usar as ferramentas mais difíceis. Quinze anos depois, minha visão mudou radicalmente.

Arquitetura de software não é sobre o que você coloca no projeto, mas sobre o que você consegue deixar de fora.

A armadilha da sobre-engenharia (Over-engineering)

Todos nós já passamos por isso: criar uma abstração maravilhosa para um problema que, na verdade, só acontece uma vez. O custo de manter uma abstração ruim é muito maior do que o custo de duplicar um código simples.

Lição #1: Simplicidade é o objetivo máximo. Se um desenvolvedor novo leva mais de um dia para entender o fluxo básico do seu projeto, sua arquitetura falhou.

Design Patterns vs Praticidade

Aprendemos SOLID, Design Patterns (Gang of Four), Clean Architecture… Tudo isso é importante. Mas o segredo está no equilíbrio. Não adianta seguir o SOLID à risca se o seu código vira um emaranhado de interfaces e classes que ninguém consegue navegar.

Lição #2: O código deve ser fácil de deletar, não fácil de estender. Se você precisar mudar uma funcionalidade, deve ser capaz de remover o código antigo e colocar o novo sem que o castelo de cartas desmorone.

Escolhendo a Stack com Sabedoria

Em 15 anos, vi frameworks nascerem e morrerem. Vi o hype do NoSQL, as SPAs dominarem o mundo e agora a volta triunfal do SSR e sites estáticos (como o Astro).

Lição #3: Escolha ferramentas pelo problema que elas resolvem, não pela moda. Antes de adicionar uma biblioteca nova, pergunte: “Isso realmente me economiza tempo ou é só um brinquedo novo?”.

O papel do Desenvolvedor na Arquitetura

Arquitetura é uma conversa social, não apenas técnica. Um bom arquiteto entende as limitações do time, os prazos do negócio e o valor que o software entrega.

Conclusão

Se eu pudesse dar um conselho para o meu “eu” de 10 anos atrás, seria: foca no básico. Escreva código limpo, teste o que é crítico e não tenha medo de dizer “não” para a complexidade desnecessária. O software perfeito é aquele que resolve o problema do usuário e permite que o time durma tranquilo à noite.


E você, qual foi a maior lição que a “vida real” te ensinou sobre arquitetura de software? Compartilhe seus aprendizados abaixo!

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